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Relêvancia

Os algorítimos estão sendo muito usados nos websites, redes sociais, etc. Na teoria, são análises de padrões que servem para filtrar o que gostaríamos de ver. Mas na prática, não seria sobre retirar a escolha do próprio usuário?

Segundo Elizabeth Saad Corrêa e Daniela Bertocchi, "Seja na web ou através de aplicativos para tablets e outros dispositivos móveis, observa-se uma significativa presença de soluções algorítmicas para lidar com a profusão informativa. O buscador Google (e outros buscadores mais segmentados) e a rede social Facebook são baseados em algoritmos curadores. Os sistemas agregadores, baseados na organização de fluxos informativos em RSS, utilizam um algoritmo simplificado, sendo o Google o melhor exemplo. Os sistemas de recomendação como o da livraria Amazon, ou dos sites de música, como LastFm e Spotify, também se utilizam de algoritmos simples. E há os próprios algoritmos criados para sustentar modelos de negócio e que se transformaram em produtos específicos baseados em feeds pessoais e/ou tags definidas pelos usuários."

Em outras palavras, o histórico das informações coloca em xeque a intervenção humana no processo de organizar, selecionar e apresentar. O processo de remediação informativa que a maioria das redes digitais implantou amplia as possibilidades de juntar os conteúdos "por ordem de relevância".

O twitter não ficou de fora. Essa organização baseada em padrões faz com que determinados perfis sejam indicados, assim como o sistema de recomendação da Amazon e outros exemplos citados por Saad e Bertocchi. Assim, pessoas que curtem futebol terão indicações de páginas de futebol. Por outro lado, terão indicações apenas de páginas de futebol. Há um sutil diferença entre ver o que você quer ver versus ver o que você sempre vê - e apenas isso.

Em 2016, os algoritmos foram responsáveis por um das maiores mudanças do twitter. A rede social deixou de ser instantânea para mostrar os posts em uma "ordem de relevância" que era baseado nas atividades o usuário na rede social. Assim, a febre que começou no Facebook e atingiu outras redes, onde o algoritmo indicava o que "provavelmente" o internauta queria, também chegou no twitter.

Em um post no blog da rede social intitulado “Nunca perca tweets importantes de pessoas que você segue”, o engenheiro do Twitter Mike Jahr explica a mudança. “Você segue centenas de pessoas no Twitter — talvez milhares — e quando você abre a rede social, pode parecer que você perdeu alguns de seus principais tweets”, e esse recurso foi lançado para “te ajudar a manter-se atualizado com os melhores tweets das pessoas que você segue”.

A mudança comecou com a função “Enquanto você esteve ausente”. Criada para os usuários que acessam a rede social poucas vezes ao dia, faz com que eles não percam atualizações importantes nas contas com as quais mais interagem. Essa opção aparece logo depois que o usuário faz login e, embora não haja muita informação sobre como é medida, o conceito de engajamento com o tipo de conteúdo e a conta de origem do tweet são bastante significativos.

Todavia, em 2015, o microblog foi na contramão: criou uma nova aba, "Moments", onde estavam os tweets considerados mais legais por gente de carne o osso. A nova opção não agradou muito os usuários no começo, mas continua ativo dois anos depois.

O twitter também inovou ao deixar o usuário decidir sobre o uso de algoritmos em sua timeline. Uma busca rápida na internet resulta em vários links que dão um passo a passo de como desativar a opção de mostrar os "melhores tweets" primeiro. Afinal, se você sabe o que é melhor pra você, é só desmarcar a caixa de seleção.


 COMUNICAÇÃO, TECNOLOGIA E TWITTER 

 

Produto da disciplina Comunicação e Tecnologia, da Faculdade de Comunicação da UFBA, ministrada pelo professor André Lemos, esse blog tem como objetivo identificar a relação entre os conceitos dados na disciplina e a rede social Twitter.

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